quarta-feira, 13 de julho de 2016

Lobas Solitárias

Há tempos disse a uma @miga: "Sabes o que somos, tu e eu? Duas lobas solitárias. Não solitárias no sentido de estarmos sozinhas, mas no sentido de não precisarmos de andar acompanhadas para sabermos que existe quem nos queira bem. Por vezes a proximidade é um empecilho e revela coisas feias. Temos autoconfiança suficiente para caminharmos de queixo erguido, sozinhas numa multidão." 
E mantenho o que disse. 
Faz falta por vezes um ombro amigo que compreenda a necessidade de expressar uma dor, uma preocupação. E não podemos depender sempre da cara-metade, pois o que é demais enjoa e o que parece exagerado enfada.
No entanto, gosto do meu "passo inseguro", do "paraíso" no meu "olhar". Gosto de mim para estar comigo, só, perdida nos meus pensamentos, num comboio matutino em direcção ao trabalho, ou numa pausa ao sol, na varanda de casa; numa noite chuvosa em que a cama está meio-vazia por exigências laborais.

Sabia bem ter uma "gaija" sempre disponível para um café, que me desafiasse para uma noitada, livrar o meu mais-que-tudo um pouco desta tarefa (árdua!!!) de ser meu amante e amigo. 
Mas sei que existe quem esteja comigo. Longe, mas presente. De agenda cheia mas coração aberto. 
A minha alcateia. 

Crédito da belíssima imagem: "orig09.deviantart.net/2d5b/f/2015/078/6/e/wolf_hd_by_arma3lonewolf-d8m9rto.jpg"