sexta-feira, 8 de maio de 2009

Obrigada!

Ontem ao final do dia, no regresso a casa, já com o filhote no banco de trás, desci a serra. Como desço todos os dias, como subo todas as manhãs. E reparei. Pela primeira vez reparei.
Uma carrinha de caixa aberta, muitos “coletes fluorescentes” que se moviam, munidos de balde com água e detergente, pano na mão, boné na cabeça, cigarro ou sorriso nos lábios.
Devo ter passado por eles milhares de vezes. Devo tê-los visto outras tantas. Mas nunca OLHEI, nunca PAREI, nunca VI. Ontem sim – OLHEI, ABRANDEI e VI!
Limpavam a sinalética da estrada. Aqueles pauzinhos reflectores que ficam no meio da via com riscas laranja, os triângulos que indicam uma curva acentuada, os sinais de limite de velocidade. Empoeirados pela lufa-lufa quotidiana do trânsito, estes objectos nas mãos dos “coletes fluorescentes” ganhavam vida. Voltavam a brilhar, a reflectir a luz – do sol ou dos faróis – a cumprir o seu objectivo, sinalizando vias, acentuando curvas, avisando de perigos.
Dei-me conta – SOU UM GRÃO DE AREIA. Caramba! Nunca parei para pensar. O meu trabalho é importante – tenho uma função útil na empresa onde laboro.
Mas estas pessoas, estes coletes fluorescentes, os almeidas, os aparadores de sebes, os limpadores de esgotos, sei lá… todos eles, individualmente ou em conjunto, são as gotas de óleo que mantêm as engrenagens da sociedade a funcionar sem emperrar. Passamos por eles – como passei eu todo este tempo – como se não existissem, como se de sombras se tratassem, indiferentes à sua contribuição. Pois hoje, aqui e agora, aqui fica o meu reconhecimento.
OBRIGADA, COLETE FLUORESCENTE!
Obrigada por tornares mais segura a estrada por onde passo com o meu filho.
Obrigada por manteres limpos e visíveis os sinais de perigo ou de informação, para que eu prossiga avisada e informada do caminho que me espera.
Obrigada por zelares por mim, uma face no meio de milhões da multidão.
Hoje deu-me para isto, o que querem…

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Este ano viro TRINTONA!


Este ano viro Trintona. E não me podia sentir melhor!

Amo-te, Miguel. Fiz muitas burradas pelo meu caminho, mas tu foste a constante que prova que ainda sou digna de algo bom.

Amo-te, meu Migues. Meu filhote, testemunho do nosso amor, da nossa união, semente nossa que mesmo depois de estarmos a partir pedra, ou "pushing daisys", estará cá como marco da nossa existência. Obrigada por olhares para nós como ídolos, dando todo o teu carinho e esquecendo rápidamente as repreensões e os castigos sobrevindos das tuas birras próprias da idade.


Gostaria muito, mesmo muito, de fazer uma festança. Um jantar, um lanche, algo para marcar e rematar os 30 verões que vou cumprir (prefiro verão à primavera :D). Noitada de copos, não. Perdoem-me, mas já não tenho pachorra. Puxa! Tou mesmo velha ;) Mas apetecia-me uma tarde de coca-cola, brownies, gelado, pizza e batata frita. Ah, e naan com queijo - a nossa última e deliciosa guloseima gastronómica. Ver um clássico "Múmia" ou "Indiana Jones". Ou um dos meus adorados "Poirots". Fazer uma sessão de karaoke caseiro, com muita gargalhada à mistura. Rever fotos antigas e ver filmes caseiros. Partilhar, contigo, comigo, "contodos".


Mas não dá. Calha muito mal o meu aniversário. Meio do mês, money já esgotado, e ainda por cima fim de semana grande. Quem puder pira-se, e com razão. O tempo convida a um fim de semana não só grande, mas em grande.

Nós... por cá ficamos. Queremos pintar a sala e o quarto, arranjar a nossa casinha para podermos receber amigos.

Gostava de estar com algumas pessoas este ano - já não peço para o meu aniversário, como disse NÃO DÁ - pelo menos para não passar mais um ano sem as ver.Libuska. Neusa Preta. Mano (sim, já o vi este ano, mas é tão pouco...). Juntar família numa lancharada de fim de verão. Cerejas, primos e tias, combina na perfeição.

E rever pessoas que vi há pouco tempo, mas de quem já tenho saudade. Andy-Pandy. Moca 40. Mãe e Tanico. Moram connosco, mas a verdade é que só nos vemos ao fim de semana!


Quero estar em paz, comigo e com o mundo. E quero voltar a sentir o meu nucleo bem unido, a minha "trindade" perfeita, Miguel ao quadrado mais eu.

Quero voltar a orgulhar-me do trabalho que faço. Quero ter um cão. Quero ter uma casa com uma pequena horta e uma figueira. Quero que a minha mãe ganhe o euromilhões, para se sentir novamente senhora e segura de si. Não procuro Deus nas pessoas, mas quero ver um pouco d'Ele em cada um de nós.


Sonhar não faz mal, certo?